A Companhia Porto Piauí foi encarregada de recuperar a navegabilidade do Rio Parnaíba, na divisa entre Maranhão e Piauí, para aprimorar o escoamento de grãos e reduzir custos logísticos e emissões. A transferência das atribuições federais ao governo piauiense ocorreu em maio de 2025 e os recursos foram liberados em agosto de 2025;
O programa contará com investimento de R$ 995 milhões e prevê obras a partir de 2026, com intervenções como limpeza de canal, dragagem seletiva e recomposição de matas ciliares, permitindo a abertura gradual de trechos e a retomada progressiva do tráfego de embarcações comerciais.
Os estudos técnicos iniciados em 2025 definem um cronograma faseado para recuperar a navegabilidade do Rio Parnaíba ao longo da divisa Maranhão-Piauí. A Companhia Porto Piauí coordenará intervenções que englobam limpeza de canal, dragagem seletiva, recomposição de matas ciliares e proteção de nascentes, com trechos liberados progressivamente para operação.
O investimento de R$ 995 milhões, oriundo da alienação de ativos da Eletrobras, será aplicado pela estatal local, segundo o projeto técnico já elaborado, e prevê superar entraves logísticos que hoje obrigam produtores a usar rodovias até portos como Itaqui e Santos.
A hidrovia terá mais de 900 quilômetros quando em plena operação, com embarcações de aproximadamente noventa metros por dezesseis metros e capacidade por viagem em torno de 2.100 toneladas, equivalentes a cerca de cinquenta caminhões bi-trem.
A expectativa é alcançar entre quatro e cinco milhões de toneladas por ano dentro de três anos após a implantação das etapas iniciais, resultando em queda nos custos de frete, menor desgaste da malha rodoviária e redução das emissões de CO2.
Riscos e governança
O sucesso depende de licenciamento ambiental, manutenção contínua do canal e coordenação entre instâncias estaduais e federais. O convênio repassa recursos federais derivados da privatização da Eletrobras, e as obras devem começar em 2026 após conclusão dos estudos.
Além dos benefícios econômicos, o projeto incorpora medidas ambientais para conservação de nascentes e restauração de margens, buscando equilibrar eficiência logística e recuperação ecológica da bacia do Parnaíba. Produtores em municípios como Uruçuí, Baixa Grande do Ribeiro e Ribeiro Gonçalves, aguardam resultado.