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Primeira viagem-teste da Transnordestina: 585 km e 20 vagões

Na quinta-feira, dia 18, um trem de teste da Transnordestina partiu de Bela Vista do Piauí com destino a Iguatu (CE), percorrendo cerca de 585 km em uma viagem experimental de finalidade técnica e estratégica: checar a infraestrutura, validar procedimentos operacionais e inaugurar uma etapa essencial para melhorar o escoamento de cargas e movimentar a economia regional, com autorização regulatória e supervisão técnica.

O trem-experiência percorre cerca de 585 km entre Bela Vista do Piauí e Iguatu e tem caráter técnico e estratégico para validar infraestrutura, procedimentos operacionais e transição para operações comerciais.

A composição de vinte vagões, carregada com milho nas imediações do futuro Terminal Intermodal de Cargas do Piauí (TIPI), seguirá por aproximadamente 20 horas até o ponto de descarga próximo ao Terminal Logístico de Iguatu, iniciativa privada local, sob supervisão técnica da Transnordestina.

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A autorização foi concedida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, por meio de despacho específico para transporte comissionado, e a operação conta com Licença de Operação do Ibama para o segmento em teste. Essas garantias regulatórias exigem cumprimento de medidas mitigadoras, monitoramento ambiental e padrões de segurança durante o ensaio.

Cronograma e obras

A TSLA projeta concluir a primeira etapa em 2027, incluindo a ligação até o Porto de Pecém. Um trecho de 151 km no Piauí, que atravessa Eliseu Martins e Paes Landim, terá retomada de obras no início do próximo ano, com conclusão prevista para 2028, antecipando o cronograma anterior. O empreendimento terá 1.206 km ao fim das obras.

Mais de 4.000 trabalhadores atuam atualmente; 676 km da via principal já estão concluídos e 280 km estão em construção simultânea em seis lotes. Em alguns trechos executa-se a superestrutura — fixação de trilhos, dormentes e brita —; em outros avançam terraplenagem, pontes, bueiros e viadutos. A obra mobiliza milhões de metros cúbicos de terra, centenas de pontes e viadutos, milhares de dormentes e centenas de milhares de toneladas de trilhos, com produção contínua de dormentes e brita para manter o ritmo.

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O transporte comercial regular dependerá da coordenação entre esferas governamentais. Espera-se redução de custos logísticos, atração de investimentos e geração de empregos locais, enquanto o Ibama condicionou a operação à conformidade com medidas mitigadoras, monitoramento e licenciamento contínuo.

O ensaio desta quinta inicia uma nova fase prática para a Transnordestina, com impactos econômicos e logísticos relevantes para o Nordeste.

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