O mercado de trabalho brasileiro apresentou um crescimento significativo em fevereiro de 2023, com a criação de 431,9 mil novas vagas formais, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse número representa o maior índice mensal desde janeiro de 2020, superando as expectativas dos especialistas financeiros e refletindo o impacto das políticas governamentais de fomento setorial implementadas nos últimos anos.
Esse avanço no emprego formal é visto como um indicativo da recuperação econômica do país, impulsionada por investimentos em setores como o automotivo e iniciativas voltadas para a reindustrialização e transição energética sustentável. O saldo positivo entre admissões e desligamentos é fruto das estratégias adotadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, liderado por Luiz Marinho, que expressa otimismo quanto à continuidade desse fluxo favorável ao crescimento econômico. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, os números também são encorajadores, sugerindo uma tendência de melhoria contínua no mercado de trabalho.
Impacto Setorial e Regional no Emprego Formal
A distribuição das novas vagas pelo país revela um cenário positivo em diversos setores. Os serviços lideraram a criação de empregos com cerca de 255 mil novas posições, seguidos pela indústria com quase 70 mil. O comércio adicionou aproximadamente 47 mil postos; a construção civil, 41 mil; e a agricultura e pecuária, quase 20 mil.
Além disso, dados complementares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram um aumento na população empregada no Brasil, com destaque para a redução da informalidade e melhoria nas remunerações. Esses fatores contribuem para o estímulo ao consumo interno, embora possam gerar pressões inflacionárias em serviços a curto prazo.
Em termos regionais, com exceção de Alagoas que apresentou uma diminuição no número de empregos disponíveis, todas as outras unidades federativas registraram um saldo positivo de admissões. Nota-se também uma predominância feminina nas contratações efetuadas em fevereiro.
O ministro Luiz Marinho sugere cautela quanto às expectativas para março, considerando possíveis influências sazonais como o carnaval. Apesar de um decréscimo salarial médio nas contratações em relação ao mês anterior, houve um aumento nos valores médios das demissões. Ao finalizar o mês, o Brasil contava com cerca de 47,7 milhões de trabalhadores formalizados — o maior número desde janeiro de 2020.
Fato | Dado | Contexto |
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Criação de empregos (fev/2023) | 431,9 mil postos formais | Maior índice na série histórica do Caged |
Comparativo anual | Superior a fev/2022 | Expectativas dos especialistas superadas |
Setores com mais vagas | Serviços, Indústria, Comércio, Construção Civil, Agricultura | 255 mil a 20 mil oportunidades criadas |
Emprego formal vs. informal | Aumento na população empregada | Redução de trabalhadores informais |
Saldo de empregos (jan-fev/2023) | Positivo e maior que 2022 | 47,7 milhões com carteira assinada |
Impacto na inflação | Não deve afetar estratégias monetárias | Contenção da inflação pelo Banco Central |
Desempenho regional | Aumento de admissões em quase todas as UFs | Alagoas com redução de empregos |
Perfil das contratações | Maioria feminina | Decréscimo salarial médio nas contratações |
Com informações do site Folha de S.Paulo.