A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu que o senador Sérgio Moro seja acusado por calúnia após não se retratar sobre declarações ofensivas e falsas contra o ministro Gilmar Mendes. Recentemente, Moro foi acusado de extorsão pelo advogado Tacla Duran.
A PGR informou ao Supremo Tribunal Federal que o ex-juiz não se retratou após imputar falsamente fatos criminosos ao magistrado.
Moro foi denunciado pela PGR ao STF pelo crime de calúnia e sua defesa pediu que o STF rejeite e arquive a acusação. A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que a fala de Moro sobre comprar um habeas corpus do magistrado registrada em vídeo não passou de uma brincadeira em festa junina, mas a PGR considerou meras alegações sem provas.
As acusações
Para Lindôra Araújo, o tom jocoso e anedótico das afirmações ofensivas à honra do magistrado da cúpula do Poder Judiciário brasileiro é uma interpretação particular do acusado, que não encontrou ressonância na vítima (Gilmar Mendes), que imediatamente representou ao Ministério Público Federal ciente da grave ofensa e do crime praticado em seu desfavor. A vice-procuradora-geral afirma ainda que a denúncia traz todos os elementos necessários para tornar Moro réu por calúnia e que a peça acusatória é capaz de permitir o exercício do contraditório e da ampla defesa pelo acusado.
O caso ainda está aberto e deve ser avaliado cuidadosamente pelas autoridades responsáveis. O que será decidido sobre as acusações de Moro ainda está indefinido, mas fica claro que a PGR acredita que há elementos suficientes para torná-lo réu por calúnia.
Com informações de https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/05/30/pgr-diz-nao-ver-brincadeira-em-fala-de-moro-sobre-gilmar-e-defende-que-senador-vire-reu-por-calunia.ghtml