No mês de abril, o comércio varejista brasileiro registrou um crescimento de 0,9% em suas vendas, marcando o quarto mês consecutivo de alta, segundo aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este aumento superou a alta de março, que foi ajustada para 0,3%, e reflete um avanço significativo de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar dos números positivos, as expectativas de mercado, projetadas pela LSEG, indicavam um crescimento ainda maior.
Ao analisar o desempenho do comércio varejista, observa-se que o acumulado anual até abril apresenta um avanço notável de 4,9%, enquanto a expansão para os últimos doze meses alcança 2,7%. No entanto, esses índices ficaram aquém das projeções dos especialistas que esperavam um crescimento mensal de 1,3% e anual de 3,35%. O crescimento não foi uniforme entre os diferentes segmentos pesquisados pelo IBGE. Dos oito segmentos avaliados, cinco tiveram aumento nas vendas destacando-se os setores de hiper e supermercados; produtos alimentícios; bebidas e fumo; e equipamentos e materiais para escritório; informática; e comunicação.
Desempenho Variado Entre Segmentos
O segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação teve um expressivo crescimento mensal de 14,2%, mostrando uma recuperação após quedas anteriores. Por outro lado, a variante distendida do comércio varejista, que inclui veículos e construção, teve uma leve retração mensal de -1%. Contudo, sem considerar ajustes sazonais, essa área também teve um incremento anualizado robusto de 4,9%.
O IBGE destaca a importância das quatro elevações consecutivas como parte de uma tendência positiva também observada no ciclo junho-setembro do ano passado. Promoções em marcas renomadas contribuíram para o bom desempenho dos segmentos tecnológicos no mês em questão. Além disso, os supermercados tiveram um papel crucial no índice geral com um aumento nas vendas de 1,5%, representando mais da metade do total.
Outros setores também demonstraram recuperação ou crescimento sustentado. Móveis e eletrodomésticos cresceram 2,4%, revertendo tendências negativas anteriores. Combustíveis marcaram sua primeira ascensão anual com 2,2%. Enquanto isso, artigos farmacêuticos mantiveram uma sequência positiva. Em contrapartida, livrarias e vestuário enfrentaram pequenos declínios nas vendas.
Este panorama mostra um varejo brasileiro que lida com diferentes desafios em uma economia complexa mas continua a mostrar sinais encorajadores de resiliência e crescimento dentro do cenário econômico atual.
Mês | Crescimento Varejista | Comparação Anual |
---|---|---|
Abril | 0,9% (4ª progressão mensal) | 2,2% (em relação ao mesmo período do ano anterior) |
Acumulado Anual | Expectativas de Mercado | Segmentos em Destaque |
4,9% | Crescimento mensal esperado: 1,3% Anual esperado: 3,35% |
Hiper/Supermercados, Alimentos, Bebidas, Fumo, Equipamentos e Materiais de Escritório, Informática, Comunicação |
Comércio Varejista Ampliado | Variação Mensal | Variação Anualizada |
Inclui veículos e construção | -1% | 4,9% |
Outros Setores | Supermercados | Setores com Declínio |
Móveis e Eletrodomésticos (2,4%) Combustíveis (2,2%) |
1,5% do índice geral | Livrarias (-0,4%) Vestuário (-0,7%) |
Com informações do site InfoMoney.