O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a população do Brasil começará a diminuir a partir de 2042, antecipando as projeções anteriores. A divulgação, feita na quinta-feira, aponta para um ápice populacional de 220 milhões em 2041, seguido por um declínio até atingir 199,2 milhões em 2070. A revisão dos dados demográficos foi impulsionada pelo Censo de 2022 e evidencia uma queda significativa na taxa de fertilidade, com a média de filhos por mulher caindo de 2,32 em 2000 para 1,57 em 2023.
A nova estimativa reflete mudanças nas estruturas familiares e decisões reprodutivas, com mulheres postergando cada vez mais a maternidade. A idade média das mães brasileiras, que era de 25,3 anos em 2000, é projetada para alcançar os 31,3 anos em 2070. Essa tendência resultou em uma redução nos nascimentos anuais de cerca de 3,6 milhões no início do século para aproximadamente 2,6 milhões em 2022. Projeções indicam que esse número pode cair para somente 1,5 milhão nos próximos cinquenta anos.
O aumento da longevidade da população também contribui para essas projeções. Espera-se que a diferença entre a expectativa de vida masculina e feminina diminua dos atuais seis anos e meio para menos de cinco anos até meados do século. Com isso, o perfil etário do país sofrerá grandes transformações, com a média de idade saltando dos atuais 34 anos para mais de cinquenta anos.
Impactos Regionais e Sociais
No aspecto regional, há variações significativas quanto ao início da contração populacional entre os estados. Rio Grande do Sul e Alagoas devem experimentar essa diminuição já em 2027, enquanto Mato Grosso manterá seu crescimento populacional até o ano referencial da pesquisa. Mudanças nos rankings populacionais dos estados também são esperadas, com Roraima ultrapassando o Amapá e Mato Grosso subindo três posições.
O Censo trouxe insights adicionais sobre a composição racial do Brasil pós-2010, com mais indivíduos autodeclarados pardos ou pretos do que brancos. Além disso, o país ainda enfrenta desafios no fornecimento de água potável e na gestão sanitária básica para parte significativa da população.
Esses dados são essenciais não apenas para entender as tendências sociodemográficas atuais mas também como base para a formulação e aplicação de políticas públicas futuras que se adaptem às novas realidades demográficas do país.
Fato | Detalhes | Data |
---|---|---|
Declínio Populacional | Brasil começará a perder população em 2042, atingindo 199,2 milhões em 2070. | 2042-2070 |
Pico Populacional | População atingirá máximo de 220 milhões em 2041. | 2041 |
Taxa de Fertilidade | Redução de filhos por mulher de 2,32 em 2000 para 1,57 em 2023. | 2000-2023 |
Idade Média das Mães | Aumento de 25,3 anos em 2000 para 31,3 anos previstos em 2070. | 2000-2070 |
Nascimentos Anuais | Queda de 3,6 milhões no início do século para 2,6 milhões em 2022. | Início Séc. XXI-2022 |
Expectativa de Vida | Aumento esperado para homens e mulheres nas próximas cinco décadas. | Próximas 5 décadas |
Média Etária | Salto da média de idade de 34 anos para mais de 50 anos. | Atual-Final do período |
Contração Populacional Regional | Rio Grande do Sul e Alagoas com diminuição já em 2027. | 2027 |
Mudanças no Ranking Estadual | Roraima ultrapassa Amapá e Mato Grosso sobe três posições. | Projeção Futura |
Censo Pós-2010 | Mais autodeclarados pardos ou pretos do que brancos; desafios em água e saneamento. | Pós-2010 |
Com informações do site G1.