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Brasil Lidera Resistência Latina Contra Flexibilização de Fact-Checking pela Meta

Em uma recente reviravolta na política de checagem de fatos, o Brasil se destaca como o país da América Latina mais resistente às mudanças implementadas pela Meta, com reações enfáticas à suspensão do seu mecanismo de fact-checking. A controvérsia ganhou força no início do ano, impactando diretamente usuários de plataformas como Instagram, Facebook e WhatsApp. Esta resistência é acompanhada por um debate acalorado sobre a flexibilização das diretrizes contra discursos de ódio e a eficácia reduzida dos filtros automáticos.

Uma pesquisa conduzida pela Broadminded revelou que 19% dos brasileiros veem a disseminação de informações falsas como um aspecto legítimo da democracia. Em contrapartida, 41% defendem que a Meta, enquanto empresa privada, deveria ter autonomia para estabelecer suas políticas. No entanto, um número expressivo de 38% dos entrevistados indicou que poderia deixar de usar as plataformas caso o serviço independente de checagem de fatos fosse descontinuado no Brasil, uma medida que já está em vigor nos Estados Unidos.

Comparando-se com outros países latino-americanos, o descontentamento no Brasil é notável: 41% desaprovam as novas medidas da Meta, superando as taxas de reprovação na Argentina (28%), México (31%), Colômbia (35%), Chile (30%) e Peru (26%). O uso frequente do Instagram e WhatsApp no dia a dia brasileiro também foi destacado no estudo.

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Repercussões e Responsabilidades da Meta

A análise da Broadminded indica que quase 90% dos brasileiros acreditam na necessidade de responsabilização jurídica da Meta pela remoção de conteúdos prejudiciais e pelo encerramento de contas envolvidas em atividades nocivas. Além disso, espera-se que haja colaboração com autoridades quando necessário.

Mais da metade dos consumidores digitais brasileiros relataram ter se deparado com notícias falsas nas redes sociais da Meta. Deste grupo, 29% admitiram ter acreditado inicialmente nas falsidades antes de reconhecerem sua inverdade. O relatório também aponta um alto índice de encontros com discursos ofensivos na rede, incluindo preconceitos raciais e sexuais, sendo reportados por 43% dos usuários – o maior índice entre os países pesquisados. Após denunciar tais conteúdos, apenas cerca de um quinto sentiu-se adequadamente atendido pelas plataformas.

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O cenário atual suscita um debate sobre as diretrizes de governança corporativa digital em contraponto às expectativas cívicas quanto ao manejo responsável das informações compartilhadas em espaços virtuais essenciais à vida cotidiana.

Tópico Dados %
Resistência à Meta no Brasil Decisão de suspender fact-checking N/A
Percepção sobre desinformação Parte vê como legítimo na democracia 19%
Opinião sobre políticas da Meta Meta deve determinar políticas 41%
Potencial abandono de plataformas Usuários considerariam deixar redes 38%
Descontentamento no Brasil Reprovação às medidas da Meta 41%
Responsabilização da Meta Defesa de responsabilidade jurídica ~90%
Contato com fake news Usuários que encontraram notícias falsas >50%
Crença inicial em fake news Usuários que acreditaram em inverdades 29%
Encontro com discursos ofensivos Incidentes relatados por usuários 43%
Satisfação com resposta a denúncias Usuários satisfeitos após denunciar ~20%

Com informações do site VEJA.

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