Planos de saúde terão aumento de 10% a 12% em 2023, segundo a Abramge. O reajuste é válido para planos individuais e familiares e terá vigência de maio de 2023 a abril de 2024. A ANS ainda não divulgou o reajuste máximo permitido, o que normalmente ocorre entre maio e junho. Em 2022, os planos tiveram o maior reajuste em 22 anos, de 15,5%. Atualmente, existem quase 9 milhões de beneficiários de planos individuais e familiares no país.
Os planos coletivos têm uma situação diferente, já que as operadoras são livres para determinar o percentual de reajuste. Em geral, as empresas consideram a sinistralidade para justificar o aumento. Quanto maior o uso do plano, maior será seu custo. A maior parte dos planos são coletivos – mais de 80% do mercado – representados por 41,3 milhões de pessoas. É possível falar com a ANS em caso de discordância do aumento da mensalidade do plano individual ou familiar.
A FenaSaúde afirma que o aumento é indispensável para a sustentabilidade das operadoras, pois o setor acumula prejuízos e sem os reajustes adequados a operação corre sério risco de inviabilizar-se. Em 2022, a operação médico-hospitalar teve um prejuízo de R$11,5 bilhões.
Algumas operadoras como Hapvida, GNDI, Bradesco, Amil e Unimed FESP aplicarão os maiores reajustes em dez anos. O preço médio dos planos de saúde no Brasil subiu 15,3% no acumulado em 12 meses até abril, segundo uma prévia da inflação do IBGE.
Se você tem um plano coletivo e discorda do aumento abusivo, é possível fazer uma reclamação direta à operadora e pedir justificativas. Caso não seja resolvido após essa medida, busque um órgão de defesa do consumidor ou a Justiça. A portabilidade de carências é uma opção para quem não conseguir pagar a nova mensalidade, sem ter nenhum tipo de carência (desde que siga algumas regras determinadas pela ANS).
Notícia | Planos de saúde individuais e familiares terão aumento de 10% a 12% em 2023 |
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Período de reajuste | Maio de 2023 a abril de 2024 |
Quantidade de beneficiários | 8,9 milhões de planos individuais e familiares no Brasil |
Tipo de plano com maior representatividade no mercado | Planos coletivos, com mais de 80% do mercado |
Justificativa das operadoras para o aumento | Acúmulo de prejuízos e necessidade de sustentabilidade |
Opções para quem não concorda com o aumento | Falar com a ANS (planos individuais e familiares) ou reclamar diretamente à operadora e buscar órgãos de defesa do consumidor ou a Justiça (planos coletivos) |
Com informações de https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/05/12/reajuste-planos-de-saude-individuais.htm