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Setembro Amarelo: Cuidar da Saúde Mental é Prevenir

setembro amarelo

O suicídio é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em nível mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A cada ano, mais de 700 mil pessoas tiram suas próprias vidas, sendo que a maioria desses casos ocorre em países de baixa e média renda. Além disso, para cada suicídio consumado, há várias tentativas não concretizadas. É importante compreender o impacto psicossocial nos indivíduos próximos aos que cometeram esse ato.

No Brasil, os números são alarmantes. O Ministério da Saúde revela um aumento significativo nas taxas de mortalidade por suicídio entre adolescentes de 10 a 19 anos nos últimos cinco anos. Houve um crescimento de 45% para aqueles com idade entre 10 e 14 anos e uma elevação ainda maior, de 49,3%, na faixa dos 15 aos 19 anos.

O suicídio não pode ser visto como um acontecimento isolado, mas sim como resultado de uma equação complexa envolvendo diversos fatores. No entanto, muitas vezes negligenciamos as informações já estabelecidas ao buscar respostas para essa problemática. Uma tentativa prévia de suicídio é tida como o principal fator de risco para a repetição desse comportamento em toda a população. Paradoxalmente, indivíduos nessas circunstâncias frequentemente não recebem a assistência adequada.

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Outro fator de risco relevante é a presença de transtornos mentais, porém o acesso aos tratamentos em saúde mental é desigual. Essa disparidade é ainda mais pronunciada entre crianças e adolescentes, grupo em que grande parte dos distúrbios psiquiátricos tem início. Quando disponível, a intervenção costuma ocorrer tardiamente, o que resulta em maiores complicações. Além disso, o estigma social também se configura como um obstáculo ao cuidado adequado.

Aspectos psicológicos, sociais e culturais estão presentes nessa complexa equação. Traumas na infância, negligência, violência e abuso são considerados fatores de risco para transtornos mentais e comportamento suicida. Discriminação e preconceito aumentam a propensão ao suicídio. O consumo de álcool e outras drogas, alterações no desenvolvimento cerebral, impulsividade e suicídio também estão interligados. No caso dos jovens, questões como autoestima, bullying, relacionamentos interpessoais e influência das mídias sociais exercem impacto significativo na saúde mental.

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Campanhas de prevenção são fundamentais para informar e conscientizar sobre esse tema delicado. É necessário desmantelar os preconceitos existentes e garantir maior acesso aos recursos terapêuticos. A prevenção ao suicídio requer o envolvimento e o comprometimento de diversos setores da sociedade, exigindo ações integradas que possam promover a saúde mental.

Considerando que as estratégias de prevenção são mais eficazes quando adotadas precocemente, é essencial direcionar atenção aos jovens e aos ambientes em que eles estão inseridos, como as escolas. Estabelecer uma cultura voltada para a saúde mental desde cedo é crucial. Acredita-se na capacidade transformadora da sociedade quando aprendemos a cuidar de nossa mente e a respeitar nossas próprias mentes.

Caso necessite de ajuda, recomendamos buscar apoio clicando aqui.

Fatos importantes
O suicídio é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em nível mundial.
Mais de 700 mil pessoas tiram suas próprias vidas anualmente, sendo que 77% dessas ocorrências se limitam a países de baixa e média renda.
No Brasil, houve um aumento de 45% nas taxas de mortalidade por suicídio entre adolescentes de 10 a 14 anos e de 49,3% na faixa dos 15 aos 19 anos entre os anos de 2016 e 2021.
A tentativa prévia de suicídio é o principal fator de risco para a repetição desse comportamento.
O acesso aos tratamentos em saúde mental é desigual, especialmente entre crianças e adolescentes.
Traumas na infância, negligência, violência e abuso são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais e comportamento suicida.
Campanhas de prevenção e desmantelamento de preconceitos são fundamentais.
É necessário direcionar atenção aos jovens e aos ambientes em que eles estão inseridos, como as escolas, para estabelecer uma cultura voltada para a saúde mental desde cedo.

Com informações de https://veja.abril.com.br/coluna/letra-de-medico/setembro-amarelo-prevenir-e-promover-saude-mental

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