No dia 6 de dezembro de 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) anunciou a adoção de novas diretrizes para o tratamento do câncer de mama, com a implementação de um novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. A medida, que teve como palco o Ministério da Saúde brasileiro, visa aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, além de otimizar o uso dos recursos em saúde. Entre as novidades, destaca-se a introdução da videolaparoscopia e cinco terapias adicionais nos centros oncológicos do país.
A videolaparoscopia é apontada como um dos grandes avanços inclusos no protocolo do SUS. Este método cirúrgico diminui o período necessário para recuperação hospitalar após as operações e reduz a probabilidade de novas intervenções serem necessárias. Além disso, terapias inovadoras foram inseridas no protocolo. Estão entre elas substâncias que inibem proteínas específicas envolvidas na progressão do tumor – conhecidas por sua sigla em inglês CDK 4 e 6 -, assim como o emprego de trastuzumab entansina, abordagens para supressão da função ovariana via farmacológicos e modalidades parenterais – isto é, administradas por vias não digestivas – de hormonioterapia.
Inovações no Tratamento Oncológico
Foi igualmente anunciada a incorporação de agentes estimuladores da formação das colônias celulares utilizadas em regimes de quimioterapia intensificados em termos de doses. A neoadjuvância (tratamento pré-cirúrgico) teve sua indicação expandida para abranger desde os estágios iniciais a estágios mais avançados do câncer mamário.
A padronização resultante desses novos parâmetros proporcionará diagnósticos mais céleres e garantirá acesso equitativo aos fármacos mais recentes no combate ao câncer de mama. O alinhamento dos cuidados ao paciente inseridos no “Programa Mais Acesso a Especialistas” tem o propósito explícito de descomplicar os processos envolvendo tanto diagnóstico quanto terapia.
Outro ponto crucial desta reestruturação é um encurtamento expressivo no tempo aguardado para o começo das intervenções terapêuticas, situando-se agora em uma meta ambiciosa: reduzir este intervalo que antes poderia se estender por até um ano e meio para apenas trinta dias, pelo Protocolo de Acesso às Ofertas de Cuidado Integrado na Atenção Especializada em Oncologia (OCI).
O propósito central dessa atualização protocolar consiste na diminuição das taxas de mortalidade associadas às demoras habituais enfrentadas pelos pacientes até iniciarem seus tratamentos – representando assim um marco significativo na luta contra o câncer de mama no Brasil.
Data | Evento | Detalhes |
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6 de dezembro de 2024 | Atualização do SUS | Novo Protocolo para câncer de mama |
Introdução de técnicas | Videolaparoscopia e novas terapias | |
Objetivo | Melhorar sobrevida e eficácia no uso de recursos | |
Benefícios da videolaparoscopia | Menor tempo de recuperação e menos reintervenções | |
Novas substâncias | Inibidores de CDK 4/6, trastuzumab entansina, supressão ovariana e hormonioterapia parenteral | |
Expansão de indicações | Neoadjuvância para estágios iniciais a avançados | |
Padronização | Diagnósticos mais rápidos e acesso equitativo a tratamentos | |
Redução de tempo | De até um ano e meio para 30 dias para início do tratamento | |
Meta | Diminuir mortalidade por atrasos no tratamento |
Com informações do site Poder360.