O processo para analisar a possível libertação das duas brasileiras presas em Frankfurt teve início na Justiça da Alemanha. As mulheres foram detidas após terem suas malas trocadas por drogas por criminosos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Na audiência de custódia realizada na última quarta-feira (5), o juiz e o Ministério Público alemão afirmaram ter acesso ao inquérito policial da Polícia Federal com as fotos, mas ainda não viram os vídeos.
A representante legal das duas mulheres, Jeanne Paolini e Kátyna Baía, a advogada Luna Provázio Lara de Almeida, afirma que eles afirmaram que há “fortes indícios” de inocência das brasileiras, mas desejam ver todos os vídeos junto com o inquérito completo e a prisão dos suspeitos reais antes de permitir sua libertação.
Atualmente, as policiais continuam detidas enquanto as autoridades alemãs querem acessar todas as provas disponíveis junto ao Ministro da Justiça do Brasil e ao Itamaraty. A operação Iraúna realizada pela Polícia Federal tinha como objetivo combater o tráfico internacional de drogas por meio da troca de bagagens nos aeroportos. Em São Paulo, foram cumpridos seis mandados judiciais de prisão temporária contra funcionários terceirizados das companhias aéreas trabalhando dentro do próprio aeroporto. A investigação revelou que um grupo criminoso enviou cerca de 40 kg de cocaína para a Alemanha através da troca de bagagens despachadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Segundo a investigação, as malas eram identificadas com um número de etiqueta que, após a troca, era numerado para um destino completamente diferente do desejado pelas vítimas. Os criminosos retiravam as etiquetas originais da bagagem despachada e as colocavam em malas que continham drogas. Enquanto isso, os outros membros do grupo tiravam fotos das malas e do número de identificação original. A outra parte do grupo era responsável por levar essas malas do terminal nacional para o internacional.
O caso teve início em março de 2023, quando duas passageiras de Goiânia tiveram suas bagagens trocadas e foram presas por tráfico internacional de drogas em Frankfurt, na Alemanha, após chegarem em um voo que partiu do Brasil. As autoridades brasileiras estão trabalhando juntas com as autoridades alemãs para soltar essas duas mulheres brasileiras via Embaixada do Brasil em Berlim.
Este caso chama a atenção para a necessidade de maior segurança nos aeroportos nacionais afim de impedir que mais pessoas sejam presas injustamente por causa da negligência dos funcionários das empresas terceirizadas nos terminais nacionais ao entregar bagagens suspeitas nas mãos desconhecidas dos criminosos internacionais.
Notícia | A Justiça da Alemanha iniciou o processo para analisar a possível libertação das duas brasileiras presas em Frankfurt após terem suas malas trocadas por drogas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. |
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Data | 05/05/2023 |
Detalhes | As autoridades alemãs afirmaram ter “fortes indícios” de inocência das brasileiras, mas desejam ver todos os vídeos e o inquérito completo antes de permitir sua libertação. As policiais continuam detidas enquanto as autoridades alemãs aguardam acesso às provas disponíveis junto ao Ministro da Justiça do Brasil e ao Itamaraty. A operação Iraúna da Polícia Federal revelou um grupo criminoso que enviou cerca de 40 kg de cocaína para a Alemanha através da troca de bagagens despachadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos. |
Com informações de http://correiodolago.com.br/noticia/justica-alema-comeca-tramite-para-liberar-brasileiras-presas-por-trafico-apos-terem-malas-trocadas/169188/