Empresas e governos estrangeiros comprometeram-se a adquirir quase R$ 1 bilhão em créditos de carbono oriundos da Amazônia brasileira, numa iniciativa que visa estimular a sustentabilidade e o combate às mudanças climáticas. O anúncio foi feito pelo governador do Pará, Helder Barbalho, em Nova York, durante a Climate Week, evento paralelo à Assembleia Geral da ONU. Dentre os compradores estão nações como Estados Unidos, Noruega e Reino Unido, além de corporações como Amazon, Bayer e Walmart, destacando um esforço internacional para valorizar o sequestro de carbono realizado pela flora amazônica.
A transação anunciada por Helder Barbalho coloca em evidência o papel crucial da Amazônia no contexto das negociações ambientais globais. Os créditos de carbono funcionam como certificados que atestam a quantidade de dióxido de carbono absorvida pelas árvores, sendo uma ferramenta importante para empresas e governos compensarem suas emissões de gases de efeito estufa.
O Impacto da Venda dos Créditos de Carbono
O acordo, que envolve um volume expressivo de recursos, tem potencial para impulsionar a economia local de forma sustentável. O estado do Pará, que almeja ser neutro em emissões de carbono até 2036, vê na venda dos créditos uma oportunidade para financiar projetos ambientais e sociais. A redução nos alertas de desmatamento na região reforça a importância dessa estratégia para conservação da biodiversidade.
A metodologia por trás dos créditos é baseada na avaliação volumétrica das árvores, que permite estimar o carbono armazenado. Segundo José Otávio Passos, da The Nature Conservancy, esse mecanismo é aceito mundialmente e serve como base para emissão dos certificados.
Os recursos obtidos com a venda devem beneficiar comunidades tradicionais locais, incluindo povos indígenas e quilombolas, além de incentivar práticas agroecológicas familiares. Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, vê na operação um catalisador para atrair mais investimentos internacionais focados na conservação ambiental do Brasil.
Essa iniciativa reflete um movimento crescente no cenário internacional: a busca por modelos econômicos que promovam o desenvolvimento social aliado à preservação ambiental. A venda dos créditos de carbono pelo Pará simboliza essa tendência e reforça o papel do Brasil na liderança das discussões climáticas globais.
Evento | Detalhes | Impacto |
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Venda de créditos de carbono | Governador Helder Barbalho anuncia durante a Climate Week em Nova York; valor próximo de 1 bilhão de reais. | Compromisso com sustentabilidade e combate às alterações climáticas. |
Participantes | Países como EUA, Noruega e Reino Unido; Corporações como Amazon, Bayer e Walmart. | Esforço internacional para valorizar o sequestro de carbono da Amazônia. |
Mecanismo | Créditos baseados em metodologia global; quantificam absorção de CO2 pelas árvores. | Incentivos financeiros para manutenção dos ecossistemas. |
Benefícios locais | Recursos direcionados para comunidades tradicionais e práticas agroecológicas familiares. | Redução de desmatamento e avanço para neutralidade de carbono até 2036. |
Perspectiva futura | Ministro da Fazenda Fernando Haddad vê como catalisador para mais investimentos internacionais. | Potencial aumento no apoio privado e valoração econômica das florestas preservadas. |
Com informações do site G1.