
Não há na terra (nem no céu) justificativa cabível para o ato doentio e criminoso do atual Dalai Lama contra um menino indiano.
Esforçam-se, no entanto, os pífios. Em suas contemporizações, relevam as atrocidades cometidas por figuras religiosas. Essa atitude tem efeito de autorização para os tantos monstros que agem à plena luz do dia (e das câmeras).
“Ele é sempre brincalhão. Colocar a língua para fora na cultura tibetana é uma das formas de cumprimento”.
“Ele é uma pessoa muito espiritualizada. A gente não pode deixar de considerar a trajetória, o legado, a atitude e a contribuição de Dalai Lama, até para o exercício do perdão”.
Essas frases foram ditas ao vivo na Globo News por dois jornalistas.
A primeira busca forçar um pretexto cultural como justificativa e esconde intencionalmente que o Dalai Lama não apenas beijou o menino na boca, mas colocou a língua para fora e pediu que ele, que nem tibetano é, diga-se de passagem, chupasse a p*rra da sua língua (perdão pelo raiva).
A segunda usa não só uma, mas ao menos quatro falácias. Temos o “apelo à autoridade”, o “apelo à piedade“, o “apelo à tradição” e a “afirmação do consequente” floreando o título e a figura do líder religioso para inocentá-lo.
Acho que cabe a pergunta. Afinal, como é possível que muitas pessoas não vejam abuso sexual e pedofilia nos atos do Dalai Lama, ganhador do prêmio Nobel da paz? Eu digo. Não é possível.
Sabe esses dois jornalistas? Como tantos outros, eles viram o que ocorreu e mesmo assim aquiesceram. E por quê? Eu digo também. Porque não foi com o filho deles.
Esse é o mundo simplório em que vivemos. Se alguém tiver um pouco de paciência sobrando, por favor me enviar.
Obrigado.