Em uma iniciativa pioneira no combate ao tabagismo, o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil segue implementando estratégias inovadoras que se alinham às novas diretrizes globais da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde 2004, o país tem registrado uma redução significativa na prevalência do hábito de fumar, com destaque para a queda de 15,7% em 2006 para 8,9% em 2023. A eficácia do tratamento pelo SUS é notável, com quase metade dos brasileiros alcançando sucesso na primeira tentativa de abandono do vício.
O Brasil tem demonstrado um compromisso contínuo com a saúde pública ao testemunhar uma redução drástica nos índices de fumantes desde a década de 1980. A proibição das propagandas de cigarros e outras medidas preventivas foram essenciais nessa trajetória. Vera Lúcia Borges, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), enfatiza o impacto positivo dessas políticas, que resultaram em dois terços dos brasileiros buscando ajuda para parar de fumar através do SUS e obtendo êxito já no primeiro intento em aproximadamente 50% dos casos.
Novas Diretrizes da OMS e o Futuro do Combate ao Tabagismo
A OMS busca ampliar o apoio àqueles que desejam cessar o uso do tabaco, enfrentando desafios como a escassez de acesso a serviços adequados de tratamento. As novas diretrizes destacam medicamentos eficazes e abordagens inovadoras, incluindo meios não tradicionais como os cigarros eletrônicos. No Brasil, o SUS avaliou substâncias como Vareniclina e Citisina, optando por métodos econômicos e eficazes, como a terapia de reposição de nicotina.
Apesar da expiração da patente do Champix da Pfizer em 2021 e das emergentes recomendações da OMS, o Brasil priorizou tratamentos acessíveis aos seus cidadãos. As bem-sucedidas estratégias adotadas pelo país são reconhecidas internacionalmente como um modelo no combate ao tabagismo. Contudo, apesar dos avanços significativos no controle do tabaco tanto nacional quanto globalmente, o crescente uso de vapes e cigarros eletrônicos entre jovens adultos representa um novo desafio para as políticas públicas de saúde. Isso reforça a necessidade constante de vigilância e inovação na prevenção ao consumo do tabaco.
Evento | Dados | Informações Adicionais |
---|---|---|
Redução do Tabagismo no Brasil | De 15,7% (2006) para 8,9% (2023) | Queda desde 1/3 da população em 1989 |
Tratamento pelo SUS | 2/3 dos brasileiros tentam; ~50% sucesso na 1ª tentativa | Índices superam padrão internacional de excelência |
Diretrizes da OMS | Medicamentos e métodos não tradicionais | Destaque para Vareniclina, Citisina e cigarros eletrônicos |
Política de Tratamento no Brasil | Terapia de reposição de nicotina | Champix da Pfizer sem patente em 2021 pode mudar cenário |
Desafios Futuros | Vapes e cigarros eletrônicos populares entre jovens | Necessidade de vigilância e inovação em políticas de saúde |
Com informações do site Correio Braziliense.